A
Kendall Research deu a conhecer o primeiro protótipo de «router cerebral»
Uma
pequena empresa norte-americana está a testar em animais um dispositivo que
permite alterar, em tempo real, a actividade dos neurónios através de
comunicações sem fios.
A
Kendall Research ainda não foi além do fabrico de protótipos, mas já começou a
gerar controvérsia, com o desenvolvimento de implantes cerebrais que recorrem à
optogenética para proceder a alterações de comportamentos nos portadores desses
dispositivos.
Segundo
os pressupostos da optogenética, é possível alterar geneticamente células, a
fim de as dotar de uma capacidade de reacção à luz. Os investigadores da
Kendall Research pegaram nestes mesmos princípios e desenvolveram um
dispositivo com três gramas de peso que deve ser usado junto à cabeça da
cobaia.
O
protótipo tem incorporados LED e díodos de laser e ainda um implante cerebral
que permite encaminhar as fontes de luz para os neurónios de um animal.
De
acordo com a Technology Review, o protótipo conta ainda com um
controladores de comunicações sem fios que permitem a conexão entre o cérebro
do animal (ou o implante que tem no cérebro...) e um computador que se encontra
a alguns metros de distância.
O
fornecimento de energia eléctrica também é feito através de uma rede sem fios,
usando supercondensadores que se encontram perto dos animais.
A
capacidade de conexão com máquinas no exterior já levou os responsáveis da
Kendall Research a classificar o protótipo como «um router do cérebro».
Apesar
de inovador a vários níveis, o denominado “router cerebral” dificilmente se
livra da polémica.
Além
de questões éticas relacionadas com a possibilidade de alterar o estado e as
funções executadas pelos neurónios, os protótipos da Kendall Research podem
padecer de limitações técnicas que são típicas deste novo campo do saber.
Segundo
alguns especialistas em neurologia, as técnicas de optogenética ainda não
permite alterar de forma consequente e lógica o funcionamento dos neurónios.
fonte: Exame Informática
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